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O Coletivo Mães na Luta trabalha incansavelmente, todos os dias, 24 horas por dia, 7 dias por semana, no acolhimento a mulheres-mães em situação de violência doméstica e violência institucional. Recebemos pedidos de ajuda de mães de todo o Brasil, muitas vezes em situações-limite, após buscar o Sistema de Justiça para denunciar a violência doméstica/familiar contra si e/ou seus filhos e sofrer, em contrapartida, mais violência por parte daqueles que têm o dever de proteger.

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Trata-se da chamada violência institucional de gênero contra a mulher. Essas mulheres sofrem violência moral no âmbito dos seus processos judiciais (a chamada violência processual) sem que o Poder Judiciário reprima esses atos; vêm o próprio Sistema de Justiça perpetuar a violência moral, reproduzindo estereótipos de gênero em desfavor das mulheres (ditas “ressentidas”, “vingativas” e “alienadoras”); têm seus testemunhos e/ou de seus filhos invalidados; vêm suas provas serem ignoradas; são excluídas do sistema protetivo a mulheres e crianças em situação de violência doméstica/familiar; sofrendo ainda outras formas de violência institucional que minam o acesso das vítimas à justiça. Em muitos casos, essas mães se encontram prestes a perder a guarda dos seus filhos para agressores/abusadores ou já tendo perdido a guarda, buscando informações e apoio junto ao Coletivo em contextos críticos e desesperadores.

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Do ponto de vista da organização interna, o Coletivo se organiza em um grupo nacional e outros 10 grupos regionais. A troca entre mulheres nesses diferentes níveis permite identificar padrões de violência – seja por parte dos genitores-agressores/abusadores na origem, seja por parte de operadores do Direito, nos distintos espaços – e nomear essas formas de violência. O Coletivo oferta ainda meios apropriados de denúncia, além de estruturar e difundir estratégias e táticas de autodefesa, particularmente frente à violência doméstica/familiar (e seu prolongamento no contexto pós-separação), assim como em relação à violência institucional de gênero do Sistema de Justiça. 

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A seguir, leia alguns dos depoimentos de mães assistidas pela Associação e integrantes do Coletivo acerca do impacto social do trabalho do Coletivo Mães na Luta nas suas vidas.

“O Coletivo Mães na Luta me permitiu ter conhecimento de outros casos iguais ou piores que o meu. Esse contato me deu um choque de realidade sobre como o Judiciário é uma máquina de moer gente (principalmente mães, mulheres), revelando um cenário ainda pior do que o que eu já conhecia e já achava muito ruim enquanto operadora do Direito”

“O Coletivo Mães na Luta me ajudou dando apoio, acolhimento e orientação. Trocar experiências foi fundamental tanto para o meu psicológico quanto processualmente falando”.

“O Coletivo me proporcionou suporte 24h para responder dúvidas e me acolher’.

“A partir do Coletivo verifiquei que meu caso não foi isolado. Entendi que as acusações preparadas pela outra parte de ‘alienação parental’ já fazem parte de práticas conhecidas e comuns, usadas por agressores/abusadores, bem como a forma como o Judiciário trata os casos de família,  estereotipando mulheres, desqualificando provas e a palavra da mulher-mãe, e objetificando os filhos. Os processos mudam o foco do litígio para uma suposta disputa entre o homem e a mulher, com prejuízos ao gênero feminino, em vez de resolver as questões básicas que ali são dispostas. Submete a mulher a um longo tempo de litígio, com desgaste financeiro, emocional e até mesmo físico, com várias ameaças de inversão de guarda e penalidades”.

O grupo é maravilhoso. Consegui aprender a interpretar o andamento dos meus processos, além da troca de informações e orientações sobre as tomadas de decisões”.

”Fui muito bem acolhida pelo Coletivo e lá tive várias informações sobre a Lei de Alienação Parental e sobre como esta é usada pelos abusadores. A Justiça não está preparada para isso e as mães viram o foco do processo. Sofremos violência de todas as formas, mas o Coletivo me acolheu e através dele pude entender tudo e obter ajuda para melhorar o meu processo e inclusive orientar a minha advogada”.

“O Coletivo Mães na Luta me deu suporte a partir do acompanhamento dos relatos das outras mães, dicas sobre o que fazer, exemplos, etc. As atuações políticas do Coletivo pela revogação da LAP e compreensão de que é um sistema e que estamos sobrevivendo a esse sistema foi importante”.

“Meu processo inteiro está repleto de erros da Justiça e o grupo se tornou minha rede de apoio com esclarecimentos acerca das medidas que eu deveria tomar ou evitar”.

Entender que não é uma luta contra um único homem e sim contra todo um sistema que tenta de toda forma desqualificar mulheres e anular crianças me ajudou muito a entender como ser forte, saber quais técnicas usar no decorrer do processo e do dia-a-dia, bem como receber indicações de profissionais bons e fugir dos péssimos”.

“Fui beneficiada com a rede de apoio do Coletivo, participei de debates e podcast sobre o assunto. Essa rede me ajudou a caminhar pelo processo e a pagar um mês de pensão atrasada”.

O Coletivo Mães na Luta me proporcionou acolhimento nos momentos mais difíceis e solitários ao longo dessa jornada. Me ofertou orientação para os riscos e dicas de como agir para não piorar o ‘conflito’. Quando mais precisei foram mulheres do Coletivo que me estenderam as mãos. Serei grata para sempre”.

Sem o Coletivo teria perdido a guarda do meu filho no princípio do processo, pois o genitor já estava instruído sobre como utilizar a LAP antes mesmo de eu descobrir sobre os abusos sexuais”.

“O Coletivo me deu suporte nos momentos em que eu me encontrava só, sem meus filhos, que foram mandados para a Holanda, sem que eu soubesse. Fiquei sem chão, sem perspectiva de futuro. Eu pedi companhia ao grupo, pois estava me sentindo muito sozinha. Um dia eu estava em casa, deprimida, sem comida e sem forças para me levantar, e uma das mães do Coletivo me levou uma cesta de frutas e verduras. Quando tive que entregar minha casa, e não tinha pra onde ir com a minha mudança, o Coletivo fez uma vaquinha para me ajudar. Fomos juntas no NUDEM [Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres]. Depois de mais de 1 ano sem ver meus filhos, chegou o dia em que poderia vê-los. Como não havia perspectivas de que meus filhos voltassem ao Brasil, pedi ajuda do grupo para encontrar uma ONG na Holanda que me representasse na tentativa de permanecer lá com eles. O Coletivo me ajudou. Depois precisei aprender holandês para solicitar ao juiz autorização para minha permanência no país, e o Coletivo, novamente por meio de vaquinha, pagou o meu curso. Graças ao apoio do Coletivo, estou conseguindo permanecer minimamente próxima aos meus filhos”.

O Coletivo me apontou meios de denúncias contra membros do Poder Judiciário, contra violação de direitos, e forneceu indicações de agentes da polícia civil que investigam redes de pedofilia”.

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